A Federação Internacional de Judô e Comissão de Arbitragem anunciou uma mudança nas regras do judô, durante o Congresso Ordinário da FIJ em Roterdã / HOL, no último domingo (23 de agosto).
Todas as técnicas abaixo da linha de cintura não serão mais permitidos.
Qualquer atleta que tentar agarrar a perna do adversário será punido primeiro com um shido.
Se tentar de novo, receberá hansokumake (desclassificado) e a vitória será dada ao oponente.
Somente poderá ser utilizando técnicas de perna contra perna, ou se o aperto da mão na perna é a continuação de uma outra técnica (exemplo: ouchigari que pode se tornar kataguruma).
"Nós não queremos que nosso esporte seja confundido com outras artes marciais. O Judô é Judô, e todos da FIJ querem voltar para verdadeiro Judô ", explica o chefe da Comissão de Arbitragem, Sr. Juan Carlos Barcos.
"Podemos perder algumas técnicas com esta decisão, mas por outro lado, estaremos despertando algumas técnicas que nós não vemos mais nos combates, devido à posição sentada, os atletas tentam agarrar a perna dos adversários" , acrescenta o Sr. Barcos.
A preocupação da FIJ é que com mais freqüência as técnicas de wrestling e sambo são vistas em lutas de Judô.
"Isso não é bom para o futuro do nosso esporte nos Jogos Olímpicos", diz o Sr. Barcos.
Esta mudança será testada durante o Campeonato Mundial Júnior, que será realizada em Atenas / GRE, em outubro de 2009. Se ele for aprovado pela Comissão de Arbitragem da FIJ, que também irá discutir com treinadores e atletas, passará a ser regra para todas as competições oficiais da FIJ.
A Comissão de Arbitragem também anunciou que em uma outra etapa serão tomadas medidas para modernizar e profissionalizar o esporte: o uso de apenas um árbitro por área de luta (em vez de três) também vai ser testado em Atenas durante o Mundial de Juniores.
"Isto visa elevar a qualidade do nível do árbitro. É mais fácil encontrar 20 árbitros bons e trabalhar para prepará-los melhor e melhorar suas habilidades do que ter 40 árbitros no mesmo nível de uma só vez ", explica o chefe da Comissão de Arbitragem.
Mas eles não devem ser deixados sozinhos no tatame. A tecnologia vai ser usada até mesmo mais do que é hoje para ajudá-los a tomar decisões e evitar erros. A Comissão de Arbitragem da FIJ vai continuar a ter a gravação ao vivo de todas as lutas e irá repetir-lo quantas vezes forem necessárias para esclarecer as dúvidas.
"Estamos usando a reprodução do vídeo como um dispositivo de ajuda em caso de decisões difíceis, uma vez que o Judô é um esporte muito rápido e técnico, que permite que diversas técnicas e tem detalhes que são difíceis de ver de uma vez. Em Atenas, teremos os árbitros também usando os telefones para que possamos imediatamente nos comunicar com eles em caso de necessidade ", continua o Sr. Barcos.
"Nosso objetivo é fazer com que o Judô seja mais profissional e o árbitro precisa estar em um nível muito alto também", completa o diretor chefe.
Outro ponto observado é que, com menos duas pessoas, a área de competição ficará mais limpa para o público e para a tv.
Manoela Penna, diretora de mídia do FIJ
Outro ponto observado é que, com menos duas pessoas, a área de competição ficará mais limpa para o público e para a tv.
Manoela Penna, diretora de mídia do FIJ
Matéria: Federação Internacional de Judô
Divulgação e tradução: Judo Campos
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